Os americanos estão
poupando mais, embora não seja por meio dos planos de pensão ofertados pelo
empregador. É o que indica uma analise de mercado conduzida pela empresa
especializada Hearts & Wallets.
O levantamento junto a 5.500
domicílios norte-americanos revelou que a poupança média dos domicílios
aumentou de 4,6%, em 2013, para 5,5% no ano passado. No entanto, a percentagem
de poupança domiciliar direcionada a planos de aposentadoria ofertados pelo
empregador, como os planos 401(k), caiu 7 pontos percentuais, chegando a 22% em
2014. Ao mesmo tempo, o número de domicílios que participam de planos de pensão
baseados no vínculo empregatício também caiu de 60%, em 2013, para 56% em 2014.
“A pesquisa demonstra que, no ano
passado, o poupador médio esteve mais preocupado em acumular reservas para o
caso de uma emergência do que poupar para a aposentadoria”, explica Laura
Varas, co-fundadora da Hearts &
Wallets. A parcela de domicílios que afirma reservar recursos para lidar
com eventos inesperados saiu de 37%, em 2013, para 45% em 2014.
A adoção da inscrição automática por
muitas empresas ajuda a elevar a participação nos planos. Mas os empregadores
também podem estimular tal participação ao oferecer uma contrapartida à
contribuição do empregado, afirma Varas.
A pesquisa apurou que a contrapartida
do empregador pode vir a dobrar as contribuições dos empregados, sobretudo
daqueles que ganham entre US$ 48 mil e US$ 96 mil anuais. Nesses casos, o
aumento contributivo foi de 2,5 vezes.
Apenas 10% dos pesquisados teriam
direito a uma contribuição do patrocinador superior a 6% do salário, enquanto
um terço receberiam entre 4% a 6%, um terço 3%, e 24% não teriam direito a contribuição
alguma.
O tamanho da empresa patrocinadora
tende a influenciar seu nível de contribuição ao plano. A média de 6% de
contrapartida é observada nas grandes empresas, informa Alison Borland, vice-presidente
sênior de Estratégia e Soluções de Aposentadoria da Aon Hewitt.
“A popularidade da contrapartida do
patrocinador cresce nas empresas de grande porte”, afirma a especialista.
“Parece haver uma preocupação maior das empresas com a renda de aposentadoria
de seus funcionários. Elas estão dispostas a investir mais em aposentadoria do
que em qualquer outro benefício.”
CNBC