Após
dez anos de “exaustivas” pesquisas, os cientistas da Universidade de Washington
e do Buck Institute for Research on Aging reportaram no periódico Cell Metabolism o isolamento de 238
genes associados ao envelhecimento em células de levedura.
Após
trabalhar com estudantes de graduação na análise de 4.698 cepas de levedura, os
cientistas apuraram que quando qualquer um dos 238 genes não estão presentes, o
período de vida da levedura se prolonga. 189 desses genes ainda não haviam sido
associados à longevidade.
Um desses genes, o LOSI, produziu
resultados “particularmente impressionantes”, declarou o instituto. A sua eliminação,
por si só, estendeu o período de vida em 60%. O LOSI sofre influência de um
“interruptor genético” que já foi associado à redução do consumo de calorias;
seu “desligamento” parece reproduzir os benefícios à saúde trazidos por dietas
de restrição alimentar.
Mas de que forma essas descobertas
em leveduras guardariam relação com os seres humanos? “Quase metade dos genes
que encontramos e que afetam o envelhecimento são encontrados em mamíferos”,
diz o chefe da pesquisa, Dr. Brian Kennedy. “Em tese, qualquer um desses
fatores poderia ser um alvo de interferência. O que precisamos saber agora é
quais deles são mais receptivos às nossas interferências.”
As descobertas de Kennedy surgem
logo após uma pesquisa da Universidade da Califórnia do Sul ter evidenciado que
uma dieta alimentar de cinco dias com redução de 50% do consumo calórico também
contribuiu para desacelerar o processo de envelhecimento e melhorar o sistema
imunológico, reduzir o risco de doenças coronárias e câncer.
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