O valor é parte
remanescente da dívida do Tesouro com duas seguradoras, uma pública e outra
privada, a ser paga via a emissão de títulos ao longo dos próximos três anos,
afirma o ministro da Fazenda
O ministro da Fazenda egípcio acaba
de aprovar o pagamento de LE20 bilhões (US$2,8 bilhões), que é o valor
remanescente de uma dívida do Tesouro do país com duas seguradoras - a primeira
voltada para os trabalhadores do serviço público e a segundo dedicada ao
pagamento de benefícios aos indivíduos que atuam na esfera privada.
O pagamento será realizado via a emissão
de três títulos diferentes - com uma taxa de juros de 9% - ao longo dos
próximos três anos. O primeiro título será emitido em janeiro de 2015.
O Ministério da Fazenda deve LE162
bilhões (US$23,2 bilhões) ao Ministério da Solidariedade Social, responsável
pela administração dos fundos de pensão públicos e privados, informou Omar
Hassan, chefe do fundo de pensão público.
Hassan afirmou que uma parcela da
dívida, no total de LE142 bilhões (US$20,3 bilhões), já havia sido negociada em
2011 com a emissão de dez títulos do governo ao longo de dez anos e retorno de
9%. “O plano mais recente de pagamento nada tem a ver com o anterior”, ressaltou
o executivo.
De 2006 a 2013, os títulos emitidos
pela Ministério da Fazenda para pagar os fundos de pensão públicos e privados
somaram LE235,7 bilhões (US$33,8 bilhões), com taxas de juros que variam entre
8% e 9%. “O retorno anual dos títulos é de LE19 bilhões (US$2,7 bilhões). Valores
proporcionais são pagos através de prêmios mensais aos fundos de pensão a fim
de que possam arcar com as obrigações para com os seus pensionistas”, explica
Hassan.
Os fundos públicos e privados,
que pela Lei são de natureza privada, têm sobrecarregado os cofres públicos
desde que o governo criou o National
Investment Bank (NIB) – um banco estatal cujo propósito é gerenciar os
investimentos da esfera pública. A ideia inicial era que o banco ajudasse governo a cumprir suas obrigações financeiras
na década de 80.
A regulação aplicável ao NIB
determinava que os recursos dos pensionistas fossem depositados no banco,
mantendo-se sob o controle do Ministério do Planejamento. O governo, representado pelo Ministério da
Fazenda, teria autorização para pegar empréstimos do fundo a uma taxa de juros
de 4,5%.
Em
2005, após o Ministério da Seguridade Social ter sido extinto, os fundos foram
colocados sob a responsabilidade do Ministério da Fazenda, que na época era
chefiado por Youssef Boutros Ghali.
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