O
supervisor holandês De Nederlandsche Bank
(DNB) acaba de anunciar que está analisando o risco de corrupção no âmbito dos
fundos de pensão.
O DNB deve realizar uma pesquisa -
em continuidade à publicação do guia de melhores práticas de combate à
corrupção no ano passado - a fim de ter um entendimento maior sobre os
processos e atividades mais “vulneráveis” dos planos.
O regulador diz já ter elaborado uma
lista dos planos com perfil mais elevado de risco. No entanto, a agência se
recusa a dizer quais seriam esses planos ou quantos programas constam da lista.
O porta-voz do DNB, Ben Feiertag, fez
questão de dizer que a pesquisa não foi ocasionada por nenhum evento
específico, e que estudos similares deveram ser conduzidos junto aos bancos e
seguradoras do país.
O Banco Central também afirmou que
os resultados da pesquisa ajudarão os fundos de pensão a mitigar os diversos
riscos associados à corrupção. Declarou, ainda, que esses riscos podem surgir
em função de um combinação entre “acúmulo de conhecimento” e concentração de
poder, acrescentando que fundos com sedes em localidades remotas tendem a
oferecer maior risco.
De acordo com o regulador,
profissionais terceirizados também oferecem riscos de integridade em potencial,
já que tais relacionamentos, bem como interesses privados, podem afetar o
processo decisório.
O DNB salienta que propinas e
conflitos de interesse podem desestabilizar não apenas fundos de pensão
individuais, mas o sistema previdenciário como um todo, tendo em vista a reação
do público frente a eventos dessa natureza.
IPE