O Presidente americano Barack Obama deve lançar uma série de medidas voltadas à atuação dos consultores previdenciários que, segundo a Casa Branca, são responsáveis por fazer com que os americanos percam bilhões de dólares ao priorizar os lucros em detrimento das necessidades de seus clientes.

Segundo o jornal Financial Times, a Casa Branca afirmou que o aconselhamento irresponsável poderia custar aos americanos cerca de US$ 17 bilhões. Estima-se que os conflitos de interesse gerem retornos anuais 1% inferiores em comparação às consultorias “bem intencionadas”.

Um relatório do Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca revelou que algumas empresas levam os consumidores a adquirir produtos de aposentadoria de baixa qualidade, com custos elevados e retornos diminutos, em troca de “comissões ocultas e taxas pouco transparentes”.

A Casa Branca introduzirá medidas para exigir que brokers e consultores passem a seguir um padrão fiduciário, o que significa que sua atuação deverá seu pautada exclusivamente pela defesa dos interesses de seus clientes.

A regra do dever fiduciário foi inicialmente proposta em 2010, mas acabou sendo deixada de lado frente à resistência da indústria da corretagem e do Partido Republicano, que alegou que a regra faria com que muitos consultores de investimento acabassem se retirando do mercado.

O Presidente Obama afirmou que a atual proposta é bastante diferente da anterior, já que não prevê a suspensão de comissões ou de outras práticas de remuneração.