A British
Airways concordou em aportar 300 milhões de libras por ano ao seu plano de
pensão - além de contribuições adicionais esporádicas - dentro de um novo
acordo que permitirá que a companhia aérea pague dividendos à IAG, sua
proprietária.
A IAG disse que o novo acordo teve
como base uma avaliação de solvência do plano realizada no final de março de
2015 que revelou um déficit técnico de 2,8 bilhões de libras (US$ 3,4 bilhões)
em comparação ao rombo de 2,7 bilhões de libras registrado três anos antes.
Segundo o acordo, a BA fará
contribuições fixas de 300 milhões de libras anuais até 2027 para cobrir o
déficit, valor condizente com o que já vinha sendo pago no último triênio. Dependendo
do caixa, a empresa também poderá aportar até 150 milhões de libras adicionais
ao plano anualmente.
O acordo ajudou a tranquilizar os investidores,
que estavam indóceis após a empresa informar, em julho, que precisava de mais
tempo para analisar os termos do contrato. Com a notícia, as ações da BA
tiveram 5% de valorização.
A companhia prestes a completar 100
anos de idade possui dois planos de pensão. O acordo anunciado na terça-feira
refere-se ao plano de maior porte, o New
Airways Pension Scheme. “A agência reguladora já foi informada do acordo”, declarou
a corporação.
A BA disse ainda que a proporção de
ativos em relação aos passivos do plano melhorou, chegando a 82,7% em
comparação a 78,3% em 2012, ano em que foi feita a última revisão trienal.
Os ativos do plano aumentaram 3,7
bilhões de libras, chegando a 13,3 bi no final do triênio encerrado em março de
2015. No mesmo período, o volume de passivos sofreu um incremento de 3,8
bilhões, atingindo 16,1 bilhões de libras.
Em junho, a
decisão da Grã-Bretanha de deixar a União Europeia, seguida do corte nas taxas
de juros e da queda na rentabilidade dos títulos, contribuiu para aumentar o
déficit dos fundos de pensão de inúmeras empresas.
Reuters