Os advogados dos sindicatos que buscam maiores
contribuições do governo para o fundo de pensão dos funcionários públicos do
estado Nova Jersey pressionaram a Corte Suprema do estado para que mantenha a
decisão de garantir os pagamentos.
O
recurso interpelado pelos sindicatos é o passo mais recente na luta pelos US$
1,7 milhão em contribuições estatais que o governador Chris Christie decidiu
suspender neste ano. Em fevereiro, um juiz da Corte Superior manifestou-se a
favor dos trabalhadores, alegando que Christie havia violado um “direito
contratual protegido pela Constituição”.
Em
seu apelo à Corte Suprema, o estado argumentou que a decisão do tribunal teria
“fabricado um direito constitucional de fundeamento previdenciário”, e que a
corte não teria autoridade suficiente para forçar o governo a aprovar ou
direcionar fundos. A Suprema Corte decidiu marcar uma audiência para o dia 06
de maio.
Em
2011, uma nova lei aumentou a idade de aposentadoria, suspendeu reajustes (atrelados
ao aumento do custo de vida) dos benefícios e elevou as contribuições dos
trabalhadores. No entanto, ela também determinou que o estado deveria elevar
seus níveis contributivos ao longo de sete anos. Inicialmente, Christie cumpriu
o acordo, mas reduziu os pagamentos em exercícios posteriores mediante a queda
na arrecadação. Para este ano, ele propôs um pagamento que corresponde à menos
da metade do exigido.
O Procurador
Geral de Nova Jersey disse, em defesa de Christie, que o contrato é
inconstitucional porque o estado não pode ser obrigado a se comprometer com
nenhum gasto de longo prazo sem a anuência dos eleitores.
Segundo
os sindicatos, a lei de 2011 não gera novas dívidas, apenas quita as obrigações
que já existem.
O
governo de Christie adverte que o desembolso de US$ 1,57 bilhão poucos meses
antes do encerramento do ano fiscal, que termina em 30 de junho, comprometeria
seriamente o orçamento.
NJ.com