Os fundos de pensão administrados passivamente e com
os menores custos foram os que registraram maior desempenho no ano passado, indica
pesquisa realizada por um centro de pesquisas holandês.
Em 2016,
a Agência de Classificação Previdenciária (The
Pensions Rating Agency - TPRA), entidade de pesquisa independente, realizou
um monitoramento dos custos em 213 dos cerca de 235 planos de pensão holandeses.
Os pesquisadores apuraram que a gestão ativa não produziu resultados superiores
consistentes.
A TPRA
disse que os custos com a gestão dos ativos nos fundos de pensão analisados variaram
de 0,06%, no fundo de pensão holandês da ExxonMobil, até 1,69% no plano da Mars.
De
acordo com o centro de pesquisa, o fundo Delta
Lloyd Pensioenfonds (€3,1 bi em ativos) que reportou custos de 0,12%, teve
resultado superior de 1,5 ponto percentual. Já o plano de pensão da PepsiCo na Holanda (€253 milhões em
patrimônio), cujos custos com gestão de investimentos foram de 0,17%,
ultrapassou o seu índice de referência em 1,8 ponto percentual.
O Mars Pensioenfonds (€1,4 bilhão em
ativos), que registrou os maiores custos (1,69%), conseguiu superar a meta,
ainda que em 1,3 ponto percentual.
O grupo
de pesquisa informou que o custo médio de gestão de ativos na indústria
holandesa caiu dois pontos base para 0,55% no ano passado.
A TPRA também
concluiu que os fundos de pensão obtiveram êxito apenas parcial na redução das
despesas administrativas dos planos: cerca de €0,13 em relação ao ano anterior.
A
metodologia da TPRA inclui a soma das despesas pagas pelo patrocinador, bem
como os custos reportados pelos fundos de pensão, que, segundo os estudiosos,
tornaram os números mais representativos.
De
acordo com a TPRA, 93 fundos de pensão conseguiram reduzir os custos em 11%, em
média, enquanto 99 planos viram seus custos aumentar em 17% aproximadamente.
Dos
cinco maiores fundos de pensão holandeses, apenas o plano dedicado ao
funcionalismo público da ABP (€389 bilhões em ativos) e o plano de pensão dos
servidores do setor de saúde administrado pelo PFZW (€186 bilhões), cujas
despesas administrativas foram de €79,42 e €67,57 por participante,
respectivamente, figuraram entre os dez fundos de pensão “mais baratos”.
Com custos
de €133,28, €101,31 e €100,92 por participante, respectivamente, os grandes planos
da indústria metalúrgica PME (€45 bilhões em ativos) e PMT (€67 bilhões), bem
como o do setor de construção civil BpfBouw (€54 bilhões) registraram custos
considerados demasiadamente elevados tendo em vista o seu porte, advoga a TPRA.
O centro
de pesquisas previdenciárias observa que as causas para o aumento dos custos inclui
a redução do número de participantes, bem como a introdução de novos desenhos
de planos. A TPRA também defende que economias de escala significativas
poderiam ser obtidas através da migração dos planos para novas entidades. Com €1.941,35
por participante, o fundo de pensão da empresa produtora de polímeros e fibras
Invista foi o que registrou as maiores despesas administrativas.
Em
contrapartida, os custos do plano setorial Personeelsenensten
foram de €42,63 por participante.
Em 2015, uma pesquisa realizada pela
TPRA já havia revelado um aumento de 5,5% nas despesas administrativas em
decorrência da introdução da nova estrutura de avaliação financeira (New
Financial Assessment Framework - nFTK) e de ajustes no acúmulo de direitos
previdenciários via tributação.
IPE