Os
funcionários demitidos da ArcelorMittal ocuparam o complexo empresarial da
metalúrgica em Point Lisas. Eles afirmam que não esperarão mais que o governo
garanta seus planos de aposentadoria.
O
segundo vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Ramkumar Narinesingh,
disse que os ex-funcionários passarão a lutar pelos seus direitos junto à
companhia, que em 11 de março demitiu 644 trabalhadores e anunciou o
encerramento de suas atividades em Trinidad.
A ocupação ocorreu um dia após os
trabalhadores demitidos terem ganhado um processo envolvendo disputas salariais
no Tribunal Industrial de Port of Spain.
De acordo com Narinesingh, com base num
relatório atuarial de 2012, a empresa deixou de aumentar suas contribuições ao
plano de 6% para 12% e 23,7%.
“As informações que nos foram
providas pelos conselheiros, ou seja, o relatório financeiro de 2014 indica que
a empresa não reviu o aumento das contribuições patronais que havia sido
recomendado pelos atuários nos relatórios de 2012. Tais porcentagens deveriam
passar de 6% para 12% e, posteriormente, para 23,7%”, disse ele. “Devido a
isso, observamos a queda do volume de superávit em 2013.”
“O superávit deveria ter sido de US$
63 milhões mas, em 2014, vimos esse valor cair para míseros US$ 1,9 milhão, o
que é uma redução significativa. Ainda não recebemos o relatório de 2015, mas
um comunicado divulgado à imprensa leva a crer que a empresa continuou mantendo
o patamar de 6% em 2015. Sendo assim, acreditamos que o fundo de pensão possa
ter sido novamente impactado.”
Daily Express (Trinidad e Tobago)