Os pensionistas britânicos recebem benefícios do sistema estatal cujo valor é inferior ao de muitos países. A conclusão é de recente estudo conduzido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE.

Atualmente, o beneficio cheio pago pela previdência estatal corresponde a apenas 16% da renda média do país. Trata-se de um patamar bastante baixo se comparado a outras economias. A OCDE argumenta que a média mundial é de 20,5%.

Contudo, se considerados os chamados “créditos previdenciários”, o valor do beneficio pode chegar a 21,6% da renda média britânica. Embora esteja alinhado ao restante do mundo, tal patamar é bem inferior ao de países desenvolvidos.Na Irlanda, por exemplo, os pensionistas recebem 33% da renda média nacional.

 Análise comparativa 

Os pensionistas britânicos recebem um beneficio cujo valor se compara aos praticados por Suíça e Japão, porém bem abaixo do que recebem os aposentados da Nova Zelândia, Dinamarca e Irlanda. Os chineses, por sua vez, recebem benefícios que correspondem a apenas 2% do salário médio do país.  

O Reino Unido também tem uma das menores taxas de reposição dentre os países desenvolvidos. Tal taxa é calculada dividindo-se o beneficio líquido pela renda líquida pré-aposentadoria. O resultado demonstra a eficácia do sistema previdenciário em prover uma renda de aposentadoria que substitua os ganhos da ativa. Quanto menor o resultado, maior será a queda da renda do pensionista.

Os únicos países com taxas de reposição mais baixas que as britânicas são Chile e México. Os pensionistas do Reino Unido possuem uma taxa de reposição de 40% em comparação com a média de pouco mais de 60% da OCDE.

Desigualdade de  gênero 

O Reino Unido também é um dos poucos países que ainda possui idades de aposentadoria distintas para homens e mulheres. Em 2014, as mulheres britânicas podiam receber o beneficio aos 62,5 anos e os homens aos 65.

Em 2018, as idades irã convergir em 65 anos, chegando aos 67 até 2028, o que significa que os britânicos terão uma das idades mais altas para se aposentar em todo o mundo. Somente a Irlanda e a República Tcheca pretendem fazer com que os cidadãos trabalhem até os 67 anos. No mundo desenvolvido, a idade mínima média deve se manter em torno dos 65 anos.