O
principal fundo de pensão dos funcionários públicos da África do Sul está em
busca de permissão para investir mais dinheiro em ativos internacionais a fim
de se proteger contra o impacto de um possível downgrade da dívida em moeda local do país para o status de “junk”.
O Government Employees Pension Fund (GEPF) negocia com a ministra da Fazenda,
Malusi Gigaba, a flexibilização das regras de investimento para incluir mais
títulos e ações estrangeiras na carteira, disse Abel Sithole, CEO do fundo. 1% dos
1,7 trilhão de randes (US$120 bilhões) do fundo está investido em títulos estrangeiros
e 5% em ações internacionais.
“Existe o medo de que possamos ser
rebaixados este ano ou no próximo”, disse Sithole. “Precisamos aumentar nossa
exposição no exterior e é isso que estamos tentando fazer.”
A preocupação dos investidores sobre
a perda do grau de investimento sul-africano em classificações em moeda local
aumentou na semana passada após Gigaba ter previsto, em pronunciamento sobre o
orçamento do ano que vem, o aumento da dívida e um crescimento econômico menor.
O Bank of America estima que pode
haver US$14 bilhões em saída de recursos caso a dívida em rande seja excluída
do índice World Government Bond Index
do Citigroup, que exige classificações superiores a “junk” da Moody's e S&P Global Ratings.
A classificação da dívida em moeda
estrangeira da África do Sul foi reduzida para “junk” pela S&P Global Ratings e Fitch
Ratings depois que o ex-ministro da Fazenda, Pravin Gordhan, foi demitido
pelo presidente Jacob Zuma no final de março.
Os
fundos do GEPF são gerenciados pela Public
Investment Corp., maior gestora de ativos da África.
Pensions & Investments