A proposta do novo modelo é conferir maior
precisão à análise do risco de insolvência, produzindo classificações sob
medida para avaliar esse risco. Um recente relatório divulgado pelo fundo
garantidor britânico também inclui uma
avaliação das taxas a serem cobradas dos fundos de pensão. Isso porque a
introdução da nova tecnologia acarretaria na redistribuição dessas taxas entre
as entidades pagadoras. Medidas de transição estão sendo estudadas.
Em outubro deste ano, as novas classificações
de risco devem começar a ser utilizadas para calcular as taxas pagas a partir
de 2015. A ideia é dar aos fundos tempo suficiente para compreender o modelo
antes que ele entre em vigor.
“Acreditamos que a nova modelagem de risco de
insolvência produzirá classificações mais robustas e claras, oferecendo, assim,
maior transparência e acesso aos fundos que pagam a taxa”, opina
Martin
Clarke, diretor executivo de Risco Financeiros do PPF.
O modelo foi desenvolvido pela Experian Credit Services com a ajuda de
representantes da indústria e da PricewaterhouseCoopers (PwC).
“O modelo que criamos oferece uma avaliação
mais precisa das classificações do risco de insolvência, já que, pela primeira
vez, os cálculos estão sendo realizados com base em dados históricos das
patrocinadoras cobertas pelo PPF”, explica o diretor gerente da Experian, Paul Vescovi. O modelo também utiliza
variáveis mais condizentes com as empresas que possuem planos de Benefício
Definido.
O chefe da área previdenciária da CBI, Jim
Bligh, afirma que a maneira como o componente de risco da taxa vinha sendo
calculado nem sempre refletia, de forma justa, o risco de insolvência. Por
isso, a iniciativa do PPF é muito bem-vinda. “A exemplo do que acontece toda
vez que se introduz um novo sistema, é certo que teremos vencedores e
perdedores. As empresas obrigadas a pagar as maiores taxas terão um prazo
adicional para se adaptar à nova realidade. É muito importante que as
companhias discutam e troquem experiências com o PPF e a Experian”, aconselha Bligh.
Wiser, PPF