O americano TIAA-CREF e os fundos de pensão nacionais da Suécia, AP1 e
AP2, se uniram para investir em escritórios na Europa.
A joint venture reunirá €2,2 bilhões (US$2,5 bilhões), valor de 15
imóveis já pertencentes aos fundos – e outros €2 bilhões em imóveis comerciais
a serem adquiridos nos próximos três anos.
“Ao fundir nossas
carteiras, poderemos diversificar o portfólio de imóveis comerciais na Europa
sem que seja necessário aportar mais capital”, diz Phil Andrews, CIO do TIAA-CREF Global Real Estate.
O grupo tem planos de comprar
novos imóveis comerciais na Europa, principalmente em Londres, Paris e cidades
da Alemanha. “Acreditamos que o momento é oportuno para investirmos em ativos
essenciais na Europa”, diz Andrews.
A iniciativa teve
origem após o aumento da demanda por imóveis comerciais no continente. O volume
de negócios fechados na primeira metade do ano foi o maior desde 2007 de acordo
com a empresa Real Capital Analytics.
Investidores compraram US $49,4 bilhões em imóveis comerciais no primeiro
semestre de 2015, um aumento de 17% em relação ao ano anterior
Os retornos dos ativos
imobiliários mostram-se interessantes para investidores obrigados a lidar com
as baixas taxas de juros. No bairro londrino de Mayfair, lar dos maiores hedges
funds europeus, a taxa de capitalização - um tipo de medida de retorno -
foi de 3,5% em junho, a menor média histórica segundo a corretora imobiliária Cushman & Wakefield. Ainda assim, a
rentabilidade é superior à dos títulos públicos britânicos com duração de 10
anos, que na terça-feira chegava a 1,87% de acordo com a Tradeweb.
O novo veículo de
investimento, batizado de “Cityhold
Office Partnership”, será gerido pela TH
Real Estate, gestora internacional pertencente ao TIAA-CREF que possui US$86
bilhões em ativos imobiliários sob gestão.
Os fundos visam
investir em ativos essenciais em cidades importantes porque, num primeiro
momento, a ideia é ter liquidez, informa Jasper Gilbey, diretor da TH Real Estate. Os investimentos também
poderão acontecer em segmentos tipicamente mais rentáveis.
Os recursos poderão ser
investidos em alugueis, reformas e projetos de desenvolvimento em Londres,
Paris e Alemanha, bem como em ativos essenciais em cidades como Madri, Milão e
Amsterdã.
AP1 and AP2 são dois
dos cinco fundos do sistema previdenciário sueco. Eles possuem, juntos, cerca
de 300 bilhões de coroas suecas (US$ 36 bilhões) sob gestão.
The Wall Street Journal