Um relatório da Fundação Resolution diz que os trabalhadores britânicos perdem, em média, £200 por ano.

O estudo afirma que entre os mais afetados estão os trabalhadores mais jovens, muitos dos quais nunca irão se beneficiar dos planos de pensão de Benefício Definido que estão protegendo.

Em 2016, as empresas do Reino Unido despenderam aproximadamente £24 bilhões tentando cobrir seus déficits previdenciários, diz o estudo.

Entre as empresas que direcionaram milhões de libras para seus planos de pensão estão a BT, Shell, Tesco, Unilever e Royal Bank of Scotland.

 déficit total de todos os planos de Benefício Definido do Reino Unido é estimado, atualmente, em £500 bilhões.

“Em desvantagem”

O relatório afirma que os trabalhadores mais velhos ou já aposentados são os que mais têm a ganhar quando as empresas injetam dinheiro em seus fundos de pensão.

Dos 11 milhões de trabalhadores que participam de planos de Benefício Definido, menos de 2% tem menos de 30 anos e ainda contribuem.

Metade dos 6 mil planos existentes estão fechados a novos participantes; outro terço já não aceita novas contribuições.  

 “Esse impacto sobre os salários tem implicações intergeracionais importantes, já que os trabalhadores mais jovens e com menores salários das empresas afetadas estão perdendo renda mesmo não tendo direito às pensões que estão protegendo”,  explica Matt Whittaker, economista-chefe da Fundação Resolution.

“Com rendimento médio por volta de £116 por semana, ainda abaixo do pico pré-crise, e as fracas perspectivas quanto a futuros aumentos salariais, é importante que os trabalhadores mais jovens e de mais baixa renda não tenham seus salários prejudicados em função da cobertura de déficits de planos de pensão aos quais eles nem têm direito.”