SEGURADORAS RECOMENDAM O ACESSO PRECOCE À POUPANÇA PREVIDENCIÁRIA


O governo continua recebendo recomendações no sentido de permitir que os mais jovens tenham acesso à poupança previdenciária e, com isso, possam adquirir imóveis. Atualmente, a idade mínima para o saque dos recursos sem a aplicação de penalidades tributárias severas é 55 anos.

Em artigo recente, a Associação de Seguradores Britânicos (Association of British Insurers  - ABI) argumenta que a “geração Y” não terá acesso aos ativos de seus pais e avós, motivo pelo qual deveria haver maior flexibilidade nas regras de saque de sua poupança previdenciária. “A geração Y, que engloba indivíduos na casa dos 20, 30 anos, encontra-se num contexto bastante diferente daquele vivenciado pela geração de baby-boomers que se aposenta nesta ou na próxima década”, afirma a ABI.

Dívidas estudantis e a necessidade de poupar mais para fazer frente ao elevado preço dos imóveis podem tornar irrelevante a acumulação de poupança por essa geração.”

A ABI afirmou que o governo deveria ter uma visão holística da poupança de longo prazo, levando em conta o impacto das dívidas e dos custos da casa própria ao longo da vida desses indivíduos. “O governo deveria reconsiderar a garantia de acesso precoce à poupança previdenciária para fins de compra da casa própria.”

No ano passado, o think-thank Social Market Foundation (SMF) já havia sugerido que o acesso aos fundos de pensão deveria ser permitido a partir dos 35 anos.

Uma pesquisa realizada pela SMF apurou que quase metade daqueles que param de investir num fundo de pensão entre 35 e 44 anos o faz devido a problemas de fluxo de caixa.

Em 2011, o Tesouro examinou propostas para permitir o acesso precoce à poupança previdenciária, mas o assunto não avançou porque o governo entendeu que não havia evidências suficientes de que a proposta de fato ajudaria as pessoas a lidar com seus problemas financeiros.

Um ano mais tarde, os liberais democratas propuseram que os chefes de família tivessem acesso aos fundos previdenciários a fim de que pudessem direcionar os recursos para contas de poupança em nome de seus dependentes, mas o assunto também não evoluiu.

Em seu relatório, a ABI também defende a concessão de isenções tributárias para a poupança de aposentadoria dos trabalhadores de renda média, alegando que “o grupo é o que apresenta maior risco de não se preparar para a aposentadoria”. 



Financial Times
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