A consultoria Mercer informou que o déficit dos planos de pensão de Benefício Definido das empresas que compõem o índice FTSE350 mantem-se estável em torno de £100 bilhões desde setembro de 2013.

De acordo com dados congregados pela pesquisa de riscos previdenciários da consultoria, o déficit agregado estimado (segundo o padrão IAS 19) para os planos BD do índice FTSE350 era de £102 bilhões no dia 31 de março, o equivalente a um nível de fundeamento de 85%.

Atualmente, o total de ativos nos planos do FTSE350 é de £571bilhões, cerca de £1bilhão a menos em relação aos valores de fevereiro de 2014 (£572 bilhões). As obrigações somavam £673 bilhões em março deste ano, o mesmo patamar apurado no mês anterior.

“Os valores dos ativos foram apenas levemente afetados apesar da reação negativa imediata do mercado aos recentes acontecimentos na Ucrânia. Isso é uma alívio para as diversas empresas cujo ano contábil se encerra em 31 de março de 2014”, explica o chefe da área de riscos BD da Mercer no Reino Unido, Ali Tayyebi.  

“Os déficits têm se mantido estáveis desde setembro de 2013. Isso pode sugerir um ambiente financeiro mais estável, o que não significa que tal ambiente possa vir a ser mais interessante para os empregadores interessados em investir de forma a reduzir o déficit dos planos”, acrescenta o especialista.

O déficit contábil de £93 bilhões permanece inalterado desde março de 2013, embora a manutenção desses números guarde relação com aportes em dinheiro feitos pelas patrocinadoras, ressalta Tayyebi.

Adrian Hartshorn, sócio sênior do grupo de estratégia financeira da Mercer, afirma que “os empregadores ainda precisam lidar com as mudanças anunciadas recentemente pelo Chanceler britânico George Osborne, as quais deverão  gerar incerteza sobre a gestão dos passivos de planos BD em longo prazo.

“Embora o anúncio tenha muito mais a ver com o aumento da flexibilidade nos planos de pensão de Contribuição Definida, o resultado da consulta pública acerca do futuro das transferências de recursos entre planos BD e CD pode ter um impacto material significativo sobre a capacidade das empresas em gerenciar riscos BD, bem como sobre as escolhas disponíveis aos participantes desses planos.”