Na última quarta-feira, um ex-funcionário do estado se declarou inocente
da acusação de ter aceito suborno de mais de US$ 100.000 em dinheiro, cocaína,
prostitutas e relógios caros em troca do direcionamento de transações a duas
empresas de corretagem.
No mês passado, o ex-gerente
do fundo de pensão do estado, Navnoor Kang, 38, foi acusado de controlar um esquema
classificado por Preet Bharara, procurador do estado de Nova York, como “um
caso clássico de corrupção quid-pro-quo”.
Os promotores dizem que
Kang, responsável pela supervisão de investimentos de US$ 53 bilhões do fundo
de pensão, investiu mais de US$ 2 bilhões em duas empresas após seus executivos
o terem coberto de presentes.
Além de drogas e
garotas de programa, Kang é acusado de ter recebido um relógio de luxo, um
bracelete Hermes de US$ 4.200 para sua namorada, uma viagem para Montreal no valor
de US$ 10.000 e outros passeios caros - incluindo uma viagem a Nova Orleans,
onde foi a um show de Paul McCartney.
O esquema de corrupção
teria começado em 2014 e se estendido até fevereiro de 2016, quando Kang foi
demitido do cargo de diretor de renda fixa e chefe de estratégia de portfólio
do New York State Common Retirement Fund,
onde recebia US$ 166.464 anuais, afirmam os promotores.
No mês passado, Schonhorn
Gregg, vice-presidente de vendas de renda fixa da FTN Financial Services Group, declarou-se culpado pelo pagamento de suborno
a Kang.
Deborah Kelley,
ex-diretora da Sterne Agee & Leach,
se declarou inocente na audiência realizada nesta quarta-feira, que contou com
a presença de Kang.
O subprocurador dos EUA,
Edward Imperatore, afirmou que os procuradores possuem inúmeras evidências,
incluindo mensagens de texto, extratos bancários e de cartões de crédito.
Tanto Kang quanto
Kelley permanecem em liberdade após o pagamento de fiança.
Abordada por
jornalistas após a audiência, a advogada de Kang foi breve: “Inocência, sem
maiores comentários neste momento”, disse Tina Glandian.
Daily News