Em
breve, o governo da Colômbia deverá permitir que os fundos de pensão invistam até
20% de seus ativos em imóveis, commodities,
private equity, hedge funds e outros investimentos alternativos, fontes afirmaram
na última terça-feira.
A
decisão, que objetiva fortalecer a diversificação dos riscos e a rentabilidade das
carteiras, altera regras anteriores que só permitiam que os fundos de pensão investissem
em dívida pública e outros ativos de baixo risco. Segundo fontes ligadas ao
governo e aos fundos de pensão, a decisão deve ser anunciada por decreto antes
do final de março.
A mudança, que é resultado de uma
consulta pública junto aos gestores das entidades, permitirá que cerca de US$
10 bilhões em recursos previdenciários sejam canalizados para investimentos
alternativos. Até novembro de 2015, os fundos de pensão do país possuíam
aproximadamente 165,2 trilhões de pesos (US$ 49,8 bilhões) sob gestão.
“A experiência internacional demonstra
que os gestores de fundos de pensão têm buscado opções de investimento
não-tradicionais tendo em vista a necessidade crescente por rentabilidade e
segurança”, declarou o Ministro da Fazenda na minuta do Decreto obtida pela
Reuters. “Esses instrumentos ajudam a diversificar os riscos das carteiras num
ambiente internacional de baixas taxas de juros.”
Analistas afirmam que as restrições em
vigor limitam a rentabilidade das entidades.
Os fundos de pensão são os maiores detentores
de dívida pública colombiana, com 56,3 trilhões de pesos (US$ 16,9 bilhões) sob
gestão no final de janeiro.
Os fundos de ativos alternativos
terão de cumprir requisitos de classificação de riscos e observar certos limites, dentre outros critérios.
No ano passado, o governo permitiu
que os fundos de pensão investissem em projetos de infraestrutura com o intuito
de atrair o interesse desses investidores para o chamado “Plano de Construção
de Estradas 4G”, que demandará 50 trilhões de pesos em financiamento. Os fundos
de pensão deverão investir cerca de 11 trilhões de pesos no projeto.
Reuters