Os
fundos de pensão dos estados fecharam 2013 com um déficit de US$ 968 bilhões,
US$ 54 bilhões a mais que em 2012, indica recente pesquisa da Pew Charitable Trusts. Se os fundos
municipais forem considerados, a lacuna de fundeamento supera US$ 1 trilhão.
“Os
reguladores terão que encontrar um meio de lidar com o problema, o que acabará
levando à elaboração de alguma espécie de plano de recuperação gradual e,
espera-se, bem organizado”, afirma David Draine, pesquisador sênior da Pew Charitable Trusts.
Em
média, os planos de pensão estatais estadunidenses possuem um nível de
fundeamento de 74%. Para os trabalhadores, as implicações são imensas. Caso os
estados não encontrem uma maneira de financiar plenamente os seus planos de
pensão, muitos participantes acabarão não recebendo os valores aportados aos programas.
Os mais jovens, por sua vez, poderão nem ter a chance de participar.
Em
2013, menos da metade dos estados conseguiu aportar os valores anuais devidos
em contribuições. Nova Jersey e Pensilvânia são os que estão em pior situação:
cada estado conseguiu pagar apenas metade do valor contributivo devido. Como
resultado, mais de um terço de seus fundos de pensão está deficitário.
As
piores taxas de fundeamento são aquelas registradas pelos estados de Illinois
(39%) e Kentucky (44%), cujos níveis caíram pelo terceiro ano consecutivo.
Somente dois estados conseguiram terminar o ano com 100% de cobertura: Dakota do
Sul e Wisconsin.
Vale
salientar que o relatório da Pew
analisou exclusivamente os níveis de fundeamento para o ano de 2013, deixando
de fora os bons retornos obtidos nos investimentos em 2014 (o índice S&P
500 cresceu cerca de 11% no ano passado de acordo com dados da FactSet). Ainda que tivesse considerado
tais ganhos, diz a pesquisa, o déficit dos planos estudados seria superior a
US$ 900 bilhões.
Em
análise anterior do Center for Retirement
Research (CRR) do Boston College,
pesquisadores haviam previsto que os níveis de fundeamento médios seriam de 74%
em 2014, resultado similar ao relatado na pesquisa da Pew, que, no entanto, considerou os dados para o ano de 2013. Caso
o mercado continue melhorando, o nível de fundeamento médio poderá atingir 81%
até o final de 2018, afirmou o CRR.
Os
estados adotaram padrões mínimos de fundeamento que lhes permitem manter déficits por períodos mais longos (máximo
de 30 anos). Como resultado, pagamentos mais modestos vêm sendo feitos aos
planos sem, contudo, reduzir significativamente os déficits apurados.
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