MELHORIAS NA LONGEVIDADE PERDEM FORÇA


Entre 2000 e 2011, houve melhorias significativas na longevidade. Desde então, a expectativa de vida aos 75 anos deveria ter aumentado pelo menos sete meses, mas não parece ter havido qualquer alteração durante o período.

“Seguradoras e fundos de pensão precisam verificar se a experiência recente representa uma mudança fundamental nas tendências de melhoria da mortalidade ou se isso não passa de uma variação de curto prazo decorrente de influências como resfriados e gripes, cujos impactos materiais são significativos”, afirma Tim Gordon, presidente da Comissão de Investigação da Mortalidade (Continuous Mortality Investigation - CMI) do Instituto Britânico de Atuários.

Hugh Nolan, atuário-chefe da JLT Employee Benefits, afirma que os números indicaram que um homem de 65 anos deve viver quatro meses a menos do que previu um estudo similar realizado no ano passado.

 “As novas estimativas reduzem o passivo dos planos privados britânicos em torno de £15 bilhões”, diz Nolan. “Embora isso represente apenas 1% das obrigações totais desses planos, um plano que esteja 90% fundeado verá seu déficit reduzido em 10%, o que pode ser de grande ajuda para aqueles que lutam para atingir um nível de fundeamento pleno. ” Os dados da CMI indicam uma pausa no crescimento acelerado da longevidade evidenciado recentemente. 

Em dezembro, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) havia convocado os reguladores a fortalecer as normas a fim de dar suporte a fundos de pensão e provedores de anuidades no tratamento do risco de longevidade. Segundo a organização, trata-se de um relevante problema financeiro que não vem sendo adequadamente enfrentado.

Contudo, em 2009, um estudo realizado por David Dorr, ex-CEO da Life-Exchange Inc., empresa que opera uma plataforma de comércio eletrônico no mercado secundário de seguro de vida, afirmou: “Estamos no ápice da curva de crescimento da longevidade. ” No documento, Dorr enumerou razões e reuniu evidências acerca de como e porque os aumentos da longevidade diminuiriam, parando eventualmente.  

 “As novas tábuas servem como um lembrete de que qualquer tábua de mortalidade nada mais é que um guia para o futuro”, observa Francis Fernandes, atuário e assessor sênior da Lincoln Pensions. “Sendo assim, é melhor ser pragmático e refletir quaisquer mudanças nas tábuas, sejam elas boas ou ruins, ao longo dos anos. Isso permite que o atuário tenha tempo suficiente para verificar se as tábuas revisadas se concretizaram, ressaltando que sempre deve haver a garantia do patrocinador em caso de experiência adversa. ”  



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