A fim de aprimorar a previdência privada do
país, o presidente da Asociación Mexicana de Afores (Amafore), Carlos Noriega, propôs
aumentar as contribuições de 6,5%, estimular a participação voluntária e adotar
medidas que ajudem o trabalhador a alcançar um valor de beneficio
correspondente a 70% de seu último salário.
Noriega explicou que as propostas buscam alterar a forma como as pessoas
fazem uso de seus recursos, uma vez que, ao receber salário, a tendência é de
que priorizem o consumo e só depois pensem em poupar. “A ideia é que pensem primeiro
em poupar e depois consumir”, diz o presidente da Amafore.
A fim de alcançar
esse objetivo, a ideia é introduzir medidas como a adesão automática e
contribuições adicionais por parte de empregadores e governo. “Tais medidas
seriam implantadas nos planos de pensão coletivos, quando o empregador tem a
obrigação de oferecer um plano ao trabalhador, os quais gozam de benefícios
fiscais.”
Dessa maneira, o
empregador transferiria os recursos para uma conta de poupança (afore) em nome
do trabalhador, com saques precoces permitidos somente para a compra da casa
própria e necessidades comprovadas nas áreas de saúde e educação.
Noriega explica
que caberia ao Estado realizar contribuições complementares aos planos de
pensão. “Estamos propondo que se dê ao trabalhador o equivalente a um dia de
salário mínimo por mês, valor que o ajudaria a formar a poupança
previdenciária.”
No caso de um trabalhador
que ganhe um salário mínimo e que aporte ao plano 1% desse valor, a
contribuição do Estado seria equivalente a 3,2 vezes a contribuição do
indivíduo. Para aqueles que recebem dois salários mínimos, tal proporção seria
de 1,6. “A proposta visa abranger aqueles que recebem até cinco salários
mínimos, que são a maioria no país”, diz Noriega.
El Economista (México)