O atraso nos aportes aos fundos de pensão vem
atingindo níveis alarmantes. Alguns
empregadores não têm conseguido contribuir para os planos previdenciários em
função da dolarização, disse o chefe da área de Supervisão Prudencial da Insurance and Pension Commission,
Pupurai Togarepi.
No
primeiro trimestre, as contribuições aos fundos de pensão auto-administrados cresceram
60%, chegando a US$ 351 milhões; no entanto, 85% desse montante correspondem a
aportes em atraso.
De
acordo com o relatório IPEC de março, os atrasados chegam a US$ 297 milhões. No
final de 2015, os empregadores deviam à Autoridade Nacional de Previdência
Social cerca de US$ 217,58 milhões.
“Os
volumes contributivos não vertidos aos fundos de pensão estão atingindo níveis
alarmantes porque alguns empregadores foram deixando de aportar os recursos desde
a dolarização e até mesmo antes disso. Outra razão são os investimentos malsucedidos
na empresa patrocinadora, que resultam em nenhum retorno ou em rentabilidade
abaixo da inflação. Oportunidades de investimento perdidas também fazem parte
da dura realidade de vários fundos de pensão”, disse Togarepi.
Em
31 de março de 2016, a indústria previdenciária possuía aproximadamente 1.608 planos
de pensão, sendo 1.438 administrados por companhias seguradoras e 170 do tipo “self-administered”
ou auto-administrado.
Devido
a condições econômicas ruins persistentes, a indústria de fundos de pensão vem
sofrendo forte queda no número de participantes. Em 31 de março de 2016, esse
total era de 73.700, 7% a menos em comparação aos 79 mil membros registrados no
mesmo período de 2015.
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