O CalSTRS gastou US$ 935 milhões com o
pagamento de taxas de administração externas no ano fiscal de 2015, sendo que a
maior parte desse total, ou US$ 796 milhões, foi paga a gestoras especializadas
em mercados privados, revela um relatório apresentado na reunião do comitê de
investimento do fundo de pensão realizada no dia 16.
É a primeira vez que o fundo de pensão
sediado em Sacramento (US$ 193,2 bilhões sob gestão) decide divulgar todas as
taxas de administração e performance associadas
ao private equity. O relatório diz
que 39% das taxas pagas pelo CalSTRS foram por desempenho.
De
acordo com o levantamento, as taxas relacionadas à gestão de investimentos em
mercados públicos totalizaram US$ 139 milhões.
“Os
ativos privados são complexos e exigem um maior nível de especialização, resultando
em custos mais elevados”, observou o relatório.
Os
custos totais com a gestão dos investimentos do CalSTRS, incluindo os custos
internos, totalizaram US$ 1,5 bilhão ante os US$ 963 milhões registrados em
2014. No entanto, os números de 2014 não incluíam cerca de US$ 320 milhões em
despesas líquidas com parcerias e outras taxas, revela o estudo.
O
Sistema de Aposentadoria dos Professores do Estado da Califórnia possui um
programa de private equity avaliado
em US$ 16 bilhões, um dos maiores dos Estados Unidos entre os investidores
institucionais.
Os
valores pagos pelos fundos de pensão a gestoras de private equity tornaram-se alvo de controvérsia em 2015, quando o
CalPERS (US$ 300,5 bilhões em ativos) declarou, pela primeira vez, não ter
condições de dizer, ao certo, quanto pagava em taxas de performance no seu programa de private
equity.
Em setembro, o governador da California,
Edmund G. “Jerry” Brown Jr., aprovou uma lei que obriga o CalPERS e o CalSTRS a
divulgar todas as taxas administrativas e de performance pagas a gestoras de private
equity.
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