A presidente da associação
peruana de AFPs, Giovanna Prialé, alertou sobre o risco de “nacionalização dos
fundos de pensão” caso seja criada uma unidade centralizadora para os sistemas
público e privado, conforme proposto em relatório da Comissão de Proteção
Social.
“A proposta da Comissão é de alto
risco porque não sabemos se esse órgão centralizador terá caráter privado ou
público, como indicado no relatório, algo que em um governo com forte apetite
por gastos pode definitivamente se traduzir em potencial nacionalização dos
fundos de pensão”, disse Prialé durante a apresentação do relatório.
AFPs não
participaram
A representante da associação, que
lamentou não ter participado da elaboração do relatório, teme o surgimento de um
monopólio frente à centralização de muitas das funções das AFPs.
A Comissão propõe a centralização
dos serviços de gestão de contas e atendimento ao cliente (trabalhadores
cobertos) em uma única instituição que, de acordo com o relatório, poderia ser
uma entidade pública ou um monopólio privado devidamente regulado.
Entidade centralizadora
“A Comissão considera que a estatal ONP
(Oficina de Normalización Previsional)
pode vir a ser a base dessa nova entidade centralizadora, embora outras
alternativas estejam sendo avaliadas”, diz o relatório.
O documento também propõe a substituição
das atuais AFPs por Gestoras de Carteiras de Investimentos, que seriam
selecionadas pela entidade centralizadora por meio de licitação pública e internacional
aberta.
RPP Peru