O GPIF do Japão, maior fundo de
pensão do mundo com US$ 1,16 trilhão em ativos, planeja aumentar os
investimentos em private equity e
projetos de infraestrutura em 2017, após contratar gestores externos para lidar
com esses ativos.
O Government Pension Investment Fund (GPIF) também poderá começar a investir em
imóveis para elevar os retornos, aumentando a alocação nos chamados ativos
alternativos, que hoje correspondem a 0,04% da carteira do fundo, disse o
presidente Norihiro Takahashi em entrevista recente.
“Espero contratar um novo consultor já
no primeiro semestre. Se tudo correr bem, contrataremos gatekeepers logo em seguida; assim conseguiremos investir em fundos
de fundos ainda neste ano”, disse Takahashi, referindo-se a uma estratégia de
investimento em que os gestores de fundos - os chamados gatekeepers - investem em fundos geridos por terceiros.
O GPIF pode investir até 5% de sua
carteira - que totalizava 132,8 trilhões de ienes (US$ 1,16 trilhão) em
setembro - em private equity e infraestrutura,
mas a maior parte de seus ativos está alocada em títulos do governo japonês e
ações domésticas. Devido ao tamanho do fundo, qualquer mudança na estratégia
seria uma bênção para as empresas gestoras de private equity, podendo significar bilhões de dólares em capital
adicional a ser investido ao redor do mundo. Os novos investimentos
provavelmente terão como alvo ativos fora do Japão devido à falta de
oportunidades no ambiente doméstico, informa Takahashi.
“Eu realmente gostaria de comprar
ativos japoneses”, disse ele. “Temos uma enorme quantidade de dinheiro... mas
no Japão há poucas oportunidades de negócios em infraestrutura e private equity.”
Takahashi e o CIO Hiromichi Mizuno se
encontraram com outros investidores institucionais, incluindo o Canada
Pension Plan Investment Board (CPPIB)
e o GIC, fundo soberano de Cingapura. O GPIF poderá fazer investimentos
conjuntos com esses fundos no futuro, prevê Takahashi.
“Primeiro nós gostaríamos de fazer investimentos
em fundos de fundos e, em fase posterior, investir por meio de projetos
especiais com outros grandes investidores, como o CPPIB ou GIC”, observa. O
GPIF registrou ganhos de US$ 20,9 bilhões no segundo trimestre do ano fiscal
encerrado em setembro impulsionado pela rentabilidade dos mercados de ações
globais.
Reuters