Segundo
dados da SuperRatings, o fundo
equilibrado intermediário obteve retornos de 1,7% no ano fiscal até o momento;
em abril, os ganhos ficaram em 1,4%.
O presidente da agência SuperRatings, Jeff Bresnahan, disse que a
rentabilidade positiva no ano fiscal que termina em junho “ainda não é certa”,
mas os investidores estão mais otimistas.
“Fora dos mercados de ações, os
retornos globais na renda fixa são baixos ou nulos e as políticas de taxas de
juros negativas se apresentam como um verdadeiro desafio para os fundos que
buscam alcançar suas metas de risco e retorno.”
Os participantes dos super fundos
obtiveram 9,6% de retorno no ano fiscal 2014-15, mas a poupança sofreu um baque
face ao pior início de ano já registrado no mercado de ações e ao aumento da
volatilidade da taxa de câmbio do dólar australiano.
“Estamos preocupados com o impacto que
as taxas de juros mais baixas terão sobre os retornos dos fundos de pensão, já
que muitos aposentados dependem de juros fixos e moeda para compensar os saques
das contas de aposentadoria”, disse Bresnahan.
“Embora as taxas baixas sejam boas
para os tomadores de empréstimos, são os poupadores que arcam com os custos.
Taxas de juros baixas e persistentes certamente terão um impacto negativo sobre
a longevidade das contas de aposentadoria.”
Os fundos equilibrados têm como meta
atuarial de longo prazo o Índice de Preços ao Consumidor mais 3,5%. Os retornos
registrados nos últimos três, cinco e sete anos permanecem acima desse nível.
Contudo, no período de 10 anos, o retorno mantem-se em 5,2% (abaixo da meta),
sobretudo em função do péssimo resultado obtido no presente exercício e dos
impactos da crise financeira mundial que ainda se fazem sentir.
A pressão causada por expectativas
de retorno mais elevadas começou a vir à tona quando Peter Costello, presidente
do Future Fund (US$ 117 bilhões sob
gestão), pediu ao governo que reduza a meta atuarial para IPC + 4,5% - 5,5%.
O Future Fund registrou seu primeiro trimestre negativo desde 2012 e
sua rentabilidade no atual exercício é de apenas 0,2%, bem abaixo da meta de
4,3%.