Anualmente,
centenas de milhões em taxas administrativas são direcionadas aos
administradores de fundos de pensão privados obrigatórios em vez de se somarem à
poupança previdenciária dos romenos, disse o ministro da Fazenda Ionuţ Mişa ao
jornal local Mediafax.
“Na Europa, há o princípio de que não
se pode cobrar comissões pelo que não foi feito. Mas os administradores de
fundos de pensão privados de filiação obrigatória cobram comissões de 2,5%. O
dinheiro vai para a conta dessas instituições ao invés de ir para as pensões
dos romenos”, disse o ministro.
“Provavelmente, no início, os lucros
dos administradores e a gestão dos investimentos com vistas à obtenção de
retornos poderiam até ser levados em consideração. Mas agora não sei se essa
comissão faz sentido”, acrescentou o ministro. Ele também salientou que o
ministério estaria “em negociação com a Autoridade de Supervisão Financeira e
representantes dos gestores de fundos de pensão”.
O sistema previdenciário da Romênia possui
três pilares: o primeiro pilar consiste num sistema estatal financiado pelo Tesouro;
o segundo pilar é representado pelos fundos de pensão privados de filiação
obrigatória, ao passo que o terceiro pilar é formado por fundos de pensão
privados de adesão voluntária. As contribuições para o segundo pilar são
obrigatórias para trabalhadores com até 35 anos e opcionais para aqueles com até
45 anos.
Os
fundos de pensão privados de natureza obrigatória, que compõem o segundo pilar,
foram inaugurados em maio de 2008. Após nove anos, eles somam 6,9 milhões de participantes
e 7,7 bilhões de euros em ativos.
Romania-Insider.com