Os
fundos de solvência suecos deveriam considerar o impacto de suas carteiras de
ativos sobre a biodiversidade global, afirmou uma organização não governamental
do país. De acordo com o Fair Trade
Centre, os fundos AP 1-4 e o AP7 também devem ser mais rigorosos ao exercer
seus poderes de acionista.
Num
relatório intitulado ‘Pushing the planet
to retirement’, a ONG pediu que os fundos busquem uma maior aderência a padrões
internacionais ao tratar de temas de cunho ambiental, embora reconheça que eles
já são signatários de uma iniciativa apoiada pela ONU sobre o uso do óleo de
palma.
“Os
fundos AP têm apresentado uma conduta de monitoramento das carteiras,
engajamento, exclusões e exercício ao voto que não leva em conta estratégias de
longo prazo que objetivam a redução dos impactos mais significativos sobre a
biodiversidade e ecossistemas”, afirmou o relatório.
O
relatório alega ainda que os fundos estão “ficando para trás” no que se refere
à observação de princípios ambientais, sociais e de governança, apesar de o seu
Conselho de Ética já ter afirmado repetidas vezes que tem procurado atuar junto
às empresas na defesa de causas ambientais ainda pouco difundidas na maior
parte das instituições.
A ONG argumenta
que a ausência de estratégias que levam em conta a biodiversidade seria
“resultado da má gestão, por partes dos fundos, dos impactos sociais e
ambientais”.
A
organização acrescentou que há certa falta de vontade política do detentor dos
ativos dos fundos AP 1-4, isto é, do governo sueco, que falha em estabelecer
diretrizes sobre o assunto. No entanto, há a expectativa de que a reforma
iminente do sistema ajude a mudar esse panorama.
Em
resposta ao conteúdo do relatório, o AP2 afirmou, em nome dos demais fundos,
que tem plena ciência da relevância do tema da biodiversidade para as empresas
e para a sociedade como um todo. “Muitas das discussões conduzidas pelo
Conselho de Ética incluem questões relacionadas à biodiversidade e aos ecossistemas.”
Wiser, inetpost.mobi