Pela primeira vez, a Royal Mint dará aos poupadores a oportunidade de adquirir barras de ouro através dos fundos de pensão
Os
investidores poderão comprar barras de 100g ou 1kg - ou até mesmo uma fração
maior das barras de 11,3 kg (400 onças) - e armazená-las na Casa da Moeda.
A abóbada, localizada na cidade de
Llantrisant em Gales do Sul, é vigiada pelo Ministério da Defesa.
Desde 2014, a aquisição de ouro já
era permitida nos chamados Self-Invested
Personal Pensions (SIPPs).
No entanto, o ouro precisa ter pelo
menos 99,5% de pureza. As barras de ouro da Royal
Mint são 99,9% puras.
Os investidores terão que pagar 1%
anuais pelo privilégio de possuir as barras acrescido do imposto VAT (Value Added Tax), incidente sobre bens e
serviços.
Já era possível comprar barras de
ouro da Royal Mint, mas sem que fossem
utilizados recursos das contas de aposentadoria.
No contexto previdenciário, o ouro é
isento do Imposto sobre Ganhos de Capital (Capital
Gains Tax), embora os saques sejam tributados conforme as alíquotas em
vigor.
Proteção
Todavia, especialistas alertam que o
ouro nem é sempre um bom investimento.
“Os investidores precisam entender
que investir em ouro nem sempre garante bons resultados”, alerta Danny Cox, da
gestora Hargreaves Lansdown.
“O ouro é, como se sabe, difícil de
precificar, e ao contrário das ações e títulos, está sujeito a demandas sazonais.
Além disso, não fornece um fluxo de renda para os investidores.”
Entre 2000 e 2011, o preço do ouro
subiu substancialmente, com a onça (28,3 gramas) passando de US$ 287 para US$
1.837.
Contudo, seu valor vem caindo desde
então, chegando a US$ 1.253.
O ouro costuma ser considerado uma
boa proteção contra a inflação ou movimentos negativos no mercado de
ações.
“Dada a melhoria das perspectivas
econômicas e as expectativas quanto ao aumento das taxas de juros nos EUA e no
Reino Unido, acho difícil que o ouro ganhe muitos adeptos daqui por diante, a
menos que a economia e as políticas dos bancos centrais comecem a dar marcha à
ré”, diz Cox.
Ele têm aconselhado os investidores
a não dedicar mais de 5% de suas carteiras ao ouro. Segundo o especialista, há maneiras
mais baratas de se investir na commodity,
como os Exchange Traded Funds (ETFs).