A Insurance and Pension Commission (IPEC) da Nova Zelândia acaba de
esboçar uma nova regulação para lidar com más práticas por parte de
conselheiros previdenciários.
Tendai
Karonga, comissário da IPEC, disse que a má governança da agência a levou a
repensar suas práticas e tornar seus controles internos mais rígidos.
“Trata-se
basicamente de uma abordagem legal. Definimos alguns procedimentos na regulação
que os conselheiros deverão seguir. Falta agora apenas a aprovação do
Ministério da Fazenda”, diz Karonga.
Práticas
ruins de governança corporativa estão entre os principais desafios da indústria
de fundos neozelandesa. Por exemplo, apesar da maioria dos conselhos contar com
representantes de empregados e empregadores, normalmente os representantes dos
empregadores é que dominam as decisões, de forma que algumas delas acabam não
protegendo os interesses dos participantes como deveriam.
Esse
desequilíbrio gera conflitos entre os conselheiros, levando a decisões de
investimento equivocadas com critérios pouco vantajosos para as entidades. A
IPEC também observou que os patrocinadores vinham alugando as propriedades dos
fundos a preços abaixo dos praticados no mercado.
Karonga
afirmou que as taxas administrativas chegam a 23%, o que significa que para
cada $1 em contribuições somente $ 0,77 ficam disponíveis para investimento.
“Em função disso e dos baixos retornos dos investimentos, muitos participantes
terão suas expectativas de renda de aposentadoria frustradas.”
“Isso
pode acabar manchando a reputação da indústria como um todo”, acrescentou.
A
Comissão observou ainda que a falta de sistemas de TI tem resultado na ausência
de registros adequados dos participantes. “Por exemplo, solicitamos informações
como a data de entrada no plano e o histórico contributivo e de renda de alguns
participantes, e em muitos casos essas informações vieram incompletas”, conclui
Karonga.
The Herald