A
FVPK, associação austríaca de fundos de pensão, pediu ao governo que inclua
“planos de pensão obrigatórios” nos debates envolvendo um modelo abrangente de
acordo coletivo.
No
início desta semana, o chanceler federal Christian Kern, do partido Social Democrata
(SPÖ), apresentou planos para um “Generalkollektivvertrag” - um conjunto de
padrões mínimos a serem seguidos pela legislação social e trabalhista aplicável
às empresas do país.
Embora Kern ainda tenha de
conquistar o apoio do parceiro de coalizão do SPÖ, o conservador ÖVP, a FVPK já
manifestou apoio à proposta de criação de planos de adesão obrigatória.
Andreas Zakostelsky, presidente da
FVPK, afirmou: “Recomendamos a inclusão de um elemento obrigatório no Generalkollektivvertrag e, em seguida, a
permissão para que cada indústria defina os seus próprios critérios, de forma
mais detalhada.”
A grande maioria das 400.000
empresas da Áustria é organizada em mais de 800 acordos coletivos (Kollektivvertrag) cobrindo diversos
setores e indústrias.
Apenas 69 desses acordos incluem provisões
específicas para facilitar a criação de fundos de pensão e somente um punhado deles
prevê planos de pensão obrigatórios.
Dados preliminares para os fundos de
pensão austríacos referentes a 2016 revelaram um aumento na cobertura de 900.000
funcionários (incluindo aposentados), um incremento de 5,5% em relação ao ano
anterior.
De acordo com estatísticas oficiais de
2015, no total, mais de 4 milhões de pessoas são profissionais autônomos na
Áustria.
Das 15.000 empresas que já criaram
um fundo de pensão, poucas são consideradas de pequeno e médio porte.
No entanto, Zakostelsky disse que as
empresas menores parecem estar “correndo atrás do prejuízo”. “No ano passado,
mais de 88% dos novos contratos vieram do segmento de PMEs”, disse ele.
Nos últimos três anos, desde que foi
aprovada a reforma da legislação que rege as pensões baseadas no vínculo
empregatício (PKG), a FVPK intensificou sua campanha de comunicação voltada às PME.
Os fundos de pensão austríacos registraram
rentabilidade média de 4,17% no ano passado, em comparação a 2,32% em 2015.
A alocação média em renda variável
manteve-se ligeiramente inferior a 30% face a 28,2% no ano anterior.
O desempenho médio de longo prazo é
de 5,57% nos últimos cinco anos e 5,53% nos últimos 26 anos, desde a criação
dos primeiros fundos de pensão.
IPE