O déficit da
agência federal americana que garante os benefícios de 40 milhões de
trabalhadores aumentou em cerca de 23%, chegando a US$52,3
bilhões.
O déficit divulgado nesta terça-feira - referente ao exercício findado
em 30 de setembro de 2015 - é o maior já registrado pelo PBGC (Pension Benefit Guaranty Corporation)
nos últimos 41 anos. O esquema garantidor encontra-se deficitário pelo 13º ano
seguido.
Os resultados
negativos ficaram mais latentes em anos recentes devido à economia fraca, que
acabou levando muitas empresas à falência, afetando, consequentemente, os
fundos de pensão. Caso a tendência continue, especialistas afirmam que o PBGC
pode vir a precisar de recursos extras do tesouro.
A agência
atribui amplamente o aumento do déficit no último exercício à péssima situação
financeira dos planos multipatrocinados, criados a partir de acordos entre sindicatos
e empresas de um mesmo ramo. Tais planos cobrem atualmente cerca de 10 milhões
de trabalhadores.
Entretanto, a
agência ressalta que o risco dos planos multipatrocinados virem a precisar de
mais recursos diminuiu devido ao aumento dos prêmios de seguro pagos por esses
planos. Um lei aprovada em dezembro impôs o aumento dos prêmios e passou a
autorizar o corte de benefícios caso seja necessário.
Ainda assim, o
PBGC estima que o risco de insolvência de seu programa voltado aos planos
multipatrocinados deve ser superior a 50% em 2025 e 90% em 2032.
No programa
dedicado aos planos com um só patrocinador, o déficit passou de US$ 19,3
bilhões para US$ 24,1 bilhões em 2015.
O PBGC foi
criado na forma de um programa de seguro para os planos BD tradicionais, os
quais são pouco comuns atualmente devido à preferencia dos empregadores pelos
planos 401(k), de Contribuição Definida. Os planos BD tradicionais prevalecem
apenas em algumas indústrias, como a metalúrgica, a automotiva e a de
transporte aéreo.
Se o empregador
não tiver mais condições de dar suporte ao plano de pensão, o PBGC assume os
ativos e passivos e passa a pagar os benefícios aos aposentados obedecendo
limites pré-estabelecidos.
O esquema esteve no vermelho em 34
dos seus 41 anos de existência.
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