As empresas estão aumentando cada vez mais os períodos de
amortização de déficits de seus fundos de pensão, revela uma nova pesquisa da
PricewaterhouseCoopers.
Em seu mais recente levantamento anual, que incluiu a análise de
avaliações atuariais de 213 fundos de pensão do Reino Unido (cerca de £180 bilhões
sob gestão), a consultoria apurou que 92% dos planos possuíam déficit na data
da avaliação. Ao longo do ano, o nível de fundeamento piorou para cerca de 52%
dos fundos consultados.
A PricewaterhouseCoopers também
observou que 71% dos fundos haviam prolongado seus períodos de amortização de
déficits em três anos ou mais; no ano anterior, essa proporção foi de 63%.
Em média, a duração dos planos de recuperação mante-se estável
em relação a 2013 (em torno de nove anos), sendo que prazos mínimos e máximos
podem variar entre 1 e 25 anos. Desde 2010, a data-alvo média para a
recuperação dos níveis de fundeamento aumentou em três anos, chegando a 2023.
No entanto, alguns fundos de pensão não esperam recuperar-se plenamente até
2040.
Os buyout mantêm-se como meta para quase 30% dos fundos
pesquisados, que afirmam ter planos de concretizar a operação em longo prazo. Contudo,
segundo nota divulgada pela PwC, o mercado não tem capacidade suficiente para
absorver essa demanda.
“A pesquisa demonstra que
os esforços para sanar eventuais déficits estão sendo empurrados muito mais
para frente”, afirma Raj Mody, chefe da área previdenciária da PwC. “Isso nos
permite ter uma boa ideia da pressão que recai sobre conselhos e gestores que
tentam lidar com déficits persistentes.”
Pensions and Investments