Ao
redor do mundo, os fundos de pensão olham cada vez mais para além de suas
fronteiras em busca de retornos mais elevados, informa a Associação da
Indústria de Fundos de Luxemburgo (Luxembourg
Fund Industry - ALFI), que lançou recentemente um estudo de abrangência
global denominado “Além das fronteiras: a evolução dos investimentos
estrangeiros dos fundos de pensão”, produzido pela PwC Luxemburgo.
O relatório demonstra que os fundos
de pensão da América do Sul são os que apresentam a maior taxa de crescimento
global, com ativos que passaram de US$ 184 bilhões em 2008 para US$ 528 bilhões
em 2014, uma taxa de crescimento anual composta de 19,2%.
Em se tratando de investimentos no
exterior, nos fundos de pensão da maioria dos países da OCDE (exceto EUA), a
participação dos investimentos externos nas carteiras passou de 25% em 2008
para 31% em 2014.
Os fundos de pensão dos EUA são os
que mais investem globalmente, um total de US$ 27,21 trilhões em 2014 em
comparação a US$ 15,8 trilhões em 2008.
Na América do Sul, os países de
destaque são Chile e Peru. O Chile alocou 44% dos ativos totais em mercados
estrangeiros em 2014; no Peru, essa proporção foi de 41% no mesmo período. Os
fundos de pensão brasileiros, em contrapartida, investiram menos de 1% no
exterior em função de barreiras regulatórias que começam a ser amenizadas.
Ativos alternativos registraram
forte crescimento entre 2008 e 2014, passando de US$ 4,4 trilhões, em 2008,
para US$ 9,7 trilhões em 2014, ou 117%.
As estratégias para investir no
exterior são as mais variadas. Alguns fundos montam equipes de gestores de
ativos baseadas em outros países. Em 2011, o Norges Bank Investment Management, responsável pela gestão do fundo
norueguês Government Pension Fund Global,
montou um escritório em Luxemburgo para fiscalizar direta e indiretamente os
investimentos imobiliários na Europa continental.
Outra estratégia consiste em fazer
aquisições ou firmar parcerias com gestoras de ativos especializadas em mercados
estrangeiros. Em 2012, a Fidante Partners,
gestora de ativos dos fundos de pensão do governo da Austrália, adquiriu uma
participação significativa da MIR
Investment Management, firma especializada em ações da região da
Ásia-Pacífico.
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