A Murray Goulburn (MG) recebeu US$20 milhões de um
fundo de pensão escandinavo para comprar nove fazendas leiteiras que foram posteriormente
arrendadas por uma cooperativa
O diretor-gerente da
MG, Gary Helou, afirma que o investimento resultou na adição de 30 milhões de
litros de leite no estoque da cooperativa, o que corresponde a 39% do
fornecimento nacional, de acordo com informações do jornal Sidney Morning Herald.
Helou acrescenta que
a demanda asiática por leite e derivados australianos acabou chamando a atenção
de investidores estrangeiros para o mercado agrícola do país, mais
especificamente fundos de pensão dos EUA e da Europa. “Os fundos de superannuation australianos também estão
bastante interessados no setor”, diz Helou. “Eles gostam do fato do leite
australiano e neozelandês estar indo para a Ásia.”
O diretor geral executivo
de relações com acionistas da MG, Robert Poole, afirma que apesar de haver interesse
dos fundos de pensão na agricultura, a garantia de financiamento é um processo
complicado. “A agricultura continuará atraindo capital não-agrícola, mas companhias
como Murray Goulburn terão que trabalhar muito para facilitar esse processo.”
“Não era bem a nossa
intenção entrar nesse ramo, mas percebemos que se quiséssemos aumentar o
estoque de leite e atrair capital teríamos que ter uma postura mais ativa... e na
condição de cooperativa temos melhores de condições de fazer essa ponte entre o
mercado acionário e os fazendeiros”, explica Poole.
Food Magazine (Austrália