Segundo as Nações Unidas, a
população mundial não deverá parar de crescer neste século, passando de 7,3
bilhões para 11,2 bilhões em 2100.
A Ásia, cuja população atual é de
4,4 bilhões, tende a se manter como o continente mais populoso. O número de
habitantes da região deve chegar a 5,3 bilhões na metade do século para
posteriormente cair para 4,9 bilhões no fim do período.
Países em desenvolvimento com
populações jovens e baixas taxas de fertilidade, como a Índia, devem enfrentar
o envelhecimento substancial da população antes do final do século. “Nas
próximas décadas, Índia, China e Brasil precisam tirar proveito do bônus
demográfico e investir nos idosos do futuro através dos sistemas de seguridade
social, previdência e saúde”, afirma John R Wilmoth, diretor da Divisão
Populacional das Nações Unidas.
“A probabilidade para que a
população mundial pare de crescer no final deste século é de 23%”, acrescentou
o especialista durante palestra realizada em Seattle em 10 de agosto.
De acordo com modelos de variação
demográfica baseados em dados históricos, a população mundial será de 9,5 a
13,3 bilhões de habitantes em 2100. O principal fator de crescimento é o
aumento populacional no continente africano.
A população atual da África é de 1,2
bilhão de pessoas, devendo ficar entre 3,4 e 5,6 bilhões até o final deste
século. “O aumento populacional do continente se deve a altos e persistentes
níveis de fertilidade e à redução do ritmo da queda da fertilidade em anos recentes.
”
Os resultados do estudo das Nações
Unidas têm implicações importantes para as políticas governamentais em todos o
planeta. “O rápido crescimento da população em países com altas taxas de
fertilidade pode exacerbar uma gama de problemas já existentes, sejam eles de
natureza ambiental, econômica, social ou de saúde”, observou Wilmoth.
Daily News (Sri Lanka)