Jetta
Klijnsma, Secretária de Estado do Ministério de Assuntos Sociais holandês, pretende
medir o nível de apoio da sociedade à substituição da participação obrigatória em
fundos de pensão específicos pela possibilidade de escolha do participante por uma
entidade do seu interesse.
Em
carta endereçada ao Parlamento, Klijnsma disse que irá avaliar o assunto junto
a empresas, trabalhadores e a indústria de fundos de pensão.
A
Secretária afirmou que foram as objeções feitas pelos sindicatos, após o
governo holandês sugerir que a medida poderia desvirtuar o conceito de
participação compulsória nos fundos de pensão, o fator mais preponderante para
que o assunto fosse estudado de forma mais profunda.
O
governo havia sugerido que fosse dada aos participantes a opção pela filiação
compulsória a um fundo de pensão de sua escolha. Como resultado, os fundos setoriais
poderiam se transformar ou aderir ao novo Fundo de Pensão Geral (APF), algo que
é proibido atualmente.
Os
sindicatos, no entanto, opõem-se à proposta, alegando “temer consequências
indesejáveis para a poupança de aposentadoria e os efeitos da medida sobre as
estruturas de governança existentes, bem como sobre a relação entre os
parceiros sociais e fundos de pensão”.
Na opinião dos sindicatos, a
participação obrigatória deve envolver, sob quaisquer hipóteses, discussões
acerca da sustentabilidade do sistema previdenciário.
Klijnsma
disse ainda que o governo irá elaborar minutas de regulação caso se chegue a um
consenso sobre o tema.
Em
sua carta ao Parlamento, a Secretária de Estado, citando dados do Banco Central
Holandês (DNB), também confirmou a liquidação de 45 fundos de pensão no ano
passado, restando um total de 320 planos, incluindo-se aí 57 fundos setoriais
com adesão compulsória.
IPE