As
gestoras de fundos de pensão holandesas PGGM e APG Asset Management estão finalizando um processo altamente detalhado
que identifica as classificações através das quais são identificadas oportunidades
de Investimento de Desenvolvimento Sustentável (Sustainable Development Investment - SDIs), as quais poderão
transformar as metas das Nações Unidas em retornos tangíveis para os investidores
institucionais.
As gestoras, que juntas investem um
total de 600 bilhões de euros (US$ 705 bilhões), dizem que esses investimentos
podem satisfazer os requisitos de risco e retorno de seus clientes, além de
contribuir substancialmente - e de forma mensurável - para um ou mais Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (Sustainable Development Goals - SDGs) da ONU. No ano passado, a APG obteve retornos para seus
principais clientes, o plano de pensão do serviço público ABP (US$ 448 bi em
ativos) e o plano do setor de construção BpfBouw
(US$ 63 bilhões) de 9,5% e pouco mais de 8%, respectivamente.
“Esse é um passo importante no
desenvolvimento de uma linguagem comum que permitirá uma ampla compreensão dos
princípios de investimento, transformando-a em regras reais”, diz Claudia
Kruse, diretora-gerente de Sustentabilidade e Governança Corporativa da APG.
Líder
global em investimentos responsáveis
O fundo ABP, cujos ativos são
gerenciados pela APG e é líder global em investimentos responsáveis,
estabeleceu como objetivo dobrar a sua alocação em investimentos de alta
sustentabilidade.
O fundo de pensão comprometeu-se a
aumentar a sua alocação em SDIs de US$ 34 bilhões em 2015 para US$ 68 bilhões
em 2020, incluindo um investimento de pelo menos US$ 5,9 bilhões em energia
renovável, comparável aos atuais US$ 3,3 bilhões. Até agora, o fundo investiu
US$ 48 bilhões em áreas SDIs.
A alocação em SDIs será dividida em diferentes
classes de ativos. No entanto, explica Els Knoope, especialista em Investimentos
e Governança Responsável da APG, os SDIs são mais facilmente integráveis a
alocações nos setores de infraestrutura renovável do que, por exemplo, em hedge funds.
“Todas
as classes de ativos serão incluídas, embora nem todas apresentem os mesmos
desafios ou oportunidades”, diz Knoope. “Estamos desenvolvendo junto aos nossos
gerentes de portfólio abordagens que atendam aos diferentes desafios dos
mercados públicos e privados.” A maioria dos ativos da APG é gerenciada por
equipes internas.
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