44,5% dos espanhóis acreditam que não receberão
uma pensão do regime estatal na aposentadoria, revelou um estudo divulgado na quarta-feira.
O nível de pessimismo é ainda maior (81,5%) quando a pergunta é se a pensão
será suficiente para manter o padrão de vida da ativa.
O
estudo, realizado pela Fundação Mapfre junto a 2.700 respondentes em toda a
Espanha, indica que apenas um em cada três espanhóis poupa para a aposentadoria,
o que se deve principalmente à falta de capacidade financeira.
Aqueles
que conseguem poupar para a aposentadoria tendem a fazê-lo sobretudo por terem um
plano de pensão ou seguro de aposentadoria (49,2%), contas correntes ou
depósitos bancários (38,4%).
A
poupança via a aquisição da casa própria foi citada por apenas 13% dos
entrevistados do estudo, que também revela que os fundos de investimento ou
ações negociadas em bolsa são minimamente utilizados.
Questionados
se estariam dispostos a contribuir com parte do salário mensal para uma plano de
Previdência Complementar, 43% dos entrevistados pela Mapfre afirmaram que sim,
enquanto 23% disseram que não o fariam.
Quase
seis em cada dez espanhóis disseram que os planos de pensão baseados no vínculo
empregatício não deveriam ser obrigatórios, mas de adesão facultativa para o
trabalhador.
Levando-se
em conta que o beneficio médio na Espanha é hoje de 1.050 euros mensais, cerca
de 60% dos consultados acreditam que receberão menos de 900 euros por mês, ao
passo que 40% têm a expectativa de superar esse valor.
O
estudo também revela que a maioria dos espanhóis gostaria de se aposentar aos
65 anos, porém mais da metade acredita que terá que continuar trabalhando, se
aposentando entre os 66 e 70 anos.
No
atual contexto de crescente envelhecimento da população e aumento do déficit da
Previdência Social, o governo espanhol planeja uma reforma previdenciária que
garanta a sustentabilidade do sistema.
Reuters