LEGISLADORES ESTADUAIS QUEREM QUE FUNDOS DE PENSÃO SE RETIREM DO PROJETO DO MURO
Um legislador de San Diego e dois outros membros do parlamento californiano apresentaram um projeto de lei que pretende exigir que os fundos de pensão do estado se desfaçam de papeis de empresas envolvidas na construção do muro na fronteira com o México defendido pelo presidente Donald Trump

O projeto de lei nº 946 - batizado de “Resist the Wall Act” - tem como autores os democratas Lorena Gonzalez Fletcher, de San Diego, Phil Ting, de São Francisco, e Eduardo Garcia, de Coachella.

 

“As práticas de contratação e investimento do estado devem refletir os seus valores”, disse Gonzalez Fletcher. “Está claro que o povo da Califórnia não quer investir nos valores odiosos que o muro de Trump representa.”

 

Ting chamou o muro que separará os EUA do México de “muro da vergonha”. “É contraproducente investir em projetos que não servirão aos interesse de todos os californianos”, disse Garcia.

 

A lei exigiria que o Sistema de Aposentadoria dos Funcionários Públicos da Califórnia (CalPERS) e o Sistema de Aposentadoria dos Professores da Califórnia (CalSTRS) liquidem, no período de um ano, quaisquer investimentos em empresas envolvidas na construção do muro. Os fundos de pensão são os dois maiores do país.

 

As entidades também seriam obrigadas a prestar contas ao parlamento do estado e ao governador até 1º de janeiro de 2019, submetendo uma lista com os nomes das empresas das quais tenham desinvestido ou estejam planejando fazê-lo.

 

Mais de 600 empresas de todo o país manifestaram interesse em participar da construção do muro em resposta a uma consulta do governo federal, informaram diversos veículos de comunicação.

 

Entre elas estão KBR, US Concrete, Fluor e Martin Marietta, todas com ações negociadas em bolsa. Aproximadamente vinte empresas interessadas estão localizadas na região de San Diego.

 

Na semana passada, a Câmara Municipal de Berkeley votou a favor da suspensão dos negócios com empresas que estejam trabalhando no muro. Evidências indicam que autoridades de Oakland deveram tomar decisão similar.

 



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