Alguns setores políticos estariam buscando vingança contra Amado Boudou por ele ter promovido a nacionalização do sistema previdenciário argentino em 2008, afirmou o próprio Badou em entrevista sobre seu suposto envolvimento no caso Ciccone.

Em entrevista ao jornal Tiempo Argentino, o homem forte de Cristina Kirchner garantiu que seu “único compromisso político é com a presidente e com ideias que visam garantir o crescimento e a inclusão social no país”.

O vice-presidente argentino tem sido alvo de investigações nos últimos anos. As autoridades buscam estabelecer uma ligação entre Boudou e a nacionalização da Ciccone Calcográfica enquanto ele ainda era ministro da Economia.  

Boudou, entretanto, afirma que o caso vem sendo arquitetado por grupos econômicos poderosos, incluindo o jornal de oposição Clarín, após a nacionalização dos fundos de pensão argentinos (o grupo Clarín vendeu parte de suas ações às entidades de previdência, chamadas de AFJP). Na época, a transação foi fortemente encorajada por Boudou.