FUNDOS DE PENSÃO DE CHICAGO PRECISAM DE US$ 1,3 BILHÃO, DIZ CONSULTORIA


Até 2023, a cidade de Chicago terá que acumular US$ 1,3 bilhão em novas receitas e reduções de gastos para fazer frente ao programa de contribuições a quatro fundos de pensão, bem como ao pagamento de sua crescente dívida, diz um relatório publicado pela Kroll Bond Rating Agency (KBRA).

A agência de classificação de títulos informou que, além de US$ 1,3 bilhão, o município poderá precisar de US$ 339 milhões adicionais para cobrir esses custos.

De acordo com o jornal Chicago Tribune, a cidade já ganhou US$ 1,4 bilhão em novas receitas anuais desde que o prefeito Rahm Emanuel assumiu o cargo em 2011. A maior parcela desses receitas - cerca de US$ 823 milhões - advém da tributação mais elevada sobre os imóveis, um novo imposto sobre o fornecimento de água e uma taxa mais alta para o uso do serviço de emergência 911. Todos esse recursos estão sendo utilizados ​​para elevar as contribuições previdenciárias.

Apesar das perspectivas ruins, a avaliação da KBRA é otimista, resultando numa classificação mais alta em comparação a de outras agências - como a Moody's, que no início deste mês alertou sobre a possibilidade de um novo downgrade da dívida da cidade. A agência acredita que eventualmente o Estado acabará se recuperando apesar de ter um caminho difícil pela frente.

“Embora a tributação sobre os domicílios e empresas de Chicago possa vir a aumentar, os reajustes reais do imposto sobre imóveis provavelmente serão muito menores do que os analistas previram inicialmente. Na opinião da KBRA, esses aumentos não deverão resultar em carga tributária mais elevada de maneira geral, não comprometendo, portanto, o status da cidade de capital do comércio, cultura, negócios e educação do Meio Oeste”, afirmou a agência de classificação em comunicado.

 

“Os desafios e riscos relacionados aos planos de pensão severamente insolventes da cidade são a razão para que a KBRA tenha atribuído à Chicago a nota BBB+ ao invés de uma classificação mais alta, proporcional à solidez e diversidade de sua base econômica subjacente, gestão efetiva, controles financeiros adequados e reservas amplas - fatores que não são observados em lugares como Detroit, Porto Rico e Stockton.”



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