A transferência de fundos de pensão
holandeses para Bélgica como forma de fugir do arcabouço regulatório em vigor
no país é uma atitude irresponsável, declarou o Ministro da Fazenda Jeroen
Dijsselbloem ao jornal Financieele
Dagblad. “Se essa for a verdadeira razão da mudança, eu diria que os
participantes desse fundo de pensão estão em situação bastante vulnerável”,
acrescentou.
Na semana passada, surgiram boatos de que
o fundo de pensão da consultoria Aon considerava uma eventual transferência
para a Bélgica. Segundo o Financieele
Dagblad, outros três fundos de pensão holandeses já fizeram o mesmo. No país
vizinho, as entidades estão sujeitas a regras mais brandas, tornando a sua
gestão menos onerosa.
Entretanto, ao saber das declarações do
Ministro, Hans van Meerten, especialista em Direito Previdenciário do
escritório de advocacia Clifford Chance, se declarou surpreso. “Parece-me que Dijsselbloem
se esqueceu de que as leis europeias protegem os pensionistas por todo o
continente.”
A expectativa é que o nova estrutura de
avaliação financeira (Financial Assessment Framework - FTK), que passará a vigorar para os fundos de
pensão holandeses a partir de 2015, seja mais severa do que a atual, aplicando
taxas de juros ainda mais baixas para o cálculo do passivo, o que pode resultar
em menor indexação ou até mesmo em corte nos benefícios.
Dutchnews.nl, Wiser