Cerca de 9 entre 10 trabalhadores holandeses afirmam que seu
fundo de pensão não deve investir em
empresas que fazem uso de trabalho infantil, aponta uma pesquisa feita para o
jornal Trouw. No total, 84% mostraram-se contrários aos investimentos na
indústria bélica e 79% em companhias de produtos derivados do tabaco.
Investimentos em carvão também enfrentam resistência, com 57%
dos indivíduos pesquisados preferindo que seu fundo evite os combustíveis
fósseis. Com relação à energia nuclear, a postura é mais equilibrada: 51% são contra
investimentos nesse setor, 36% a favor e 13% não têm opinião formada.
Os investimentos em petróleo e gás, por outro lado, sofrem
oposição de apenas um em cada cinco participantes consultados. Entretanto, ao
serem questionados se prefeririam que seu fundo de pensão retirasse quaisquer
investimentos em combustíveis fósseis a fim de reduzir as emissões de monóxido
de carbono, 60% mostraram-se a favor, segundo a pesquisa.
O fundo holandês do funcionalismo público (ABP) tem sofrido
forte pressão - por parte dos participantes - para desinvestir em combustíveis
fósseis. Contudo, a fundação afirma que as fontes de energia alternativa – como
vento, sol e água, por exemplo – não serão capazes de produzir energia
suficiente para suprir a demanda. O fundo, que é um dos maiores do mundo, também
argumenta que o fim dos investimentos nesse setor não acarretaria em redução
das emissões de CO2.
DutchNews.nl