Na última quinta-feira, o Congresso peruano
aprovou uma lei que permite o saque de até 95,5% dos recursos acumulados em fundos
de pensão privados, uma medida que segundo as gestoras de planos pode levar o
sistema ao colapso.
Com 84 votos a favor e 2 contra, o Parlamento
aprovou a norma que havia sido anteriormente rejeitada pelo governo do
presidente Ollanta Humala.
A
lei - amplamente discutida no Congresso - foi aprovada quatro meses antes do
fim da atual legislatura.
Cerca
de seis milhões de pessoas participam do sistema de previdência privada do
Peru, que acumula ativos da ordem de US$ 38 bilhões e que começou a operar há
23 anos.
Quatro
gestoras de benefícios dominam o sistema privado: a Prima AFP, controlada pelo
Banco de Crédito Peruano, o maior do país; a Integra, do grupo colombiano Sura;
a Profuturo, que pertence ao canadense Scotiabank;
e a Habitat, controlada por um grupo financeiro chileno do mesmo nome. “Esta
decisão não impactará somente o sistema privado, já que é provável que os trabalhadores
filiados ao sistema público também venham a reivindicar o mesmo direito. Logo,
o sistema previdenciário do Peru tende a desaparecer” disse, em comunicado, a
associação que congrega as gestoras de beneficio do país.
Europa Press