Diversos estudos têm demonstrado
a suscetibilidade dos sistemas previdenciários de estados e municípios. Mais
recentemente, porém, uma pesquisa da consultoria Towers Watson também
identificou problemas em potencial nos fundos de pensão corporativos americanos.
Após
realizar consultas junto a 411 companhias do índice Fortune 1000, a consultoria apurou que, de forma agregada, os
fundos de pensão apresentavam, no fim de 2014, um nível de fundeamento de 80%
em comparação a 89% ao final de 2013. O déficit agregado aumentou em mais de
100% ao longo do ano, chegando a US$343 bilhões.
“Apesar
da recuperação do mercado acionário em 2014, os níveis de fundeamento de planos
patrocinados por empresas privadas caíram para patamares similares àqueles
registrados logo após a crise de 2008”, afirma Alan Glickstein, consultor
sênior da área previdenciária da Towers Watson.
“Um
único movimento de fortalecimento dos pressupostos de mortalidade foi
responsável por cerca de 40% de aumento no déficit. Também há evidências de que
os patrocinadores que fizeram uso de estudos de ALM alcançaram resultados
melhores em 2014 à medida que as taxas de desconto em queda foram compensadas
pela excelente rentabilidade oferecida pelos títulos públicos e
corporativos.”
No
que se refere aos planos públicos, um relatório publicado no ano passado pelo Rockefeller Institute of Government
veio a detalhar alguns dos principais problemas enfrentados.
“Incentivos ruins e regras inadequadas permitiram que a falta de fundeamento
dos fundos da esfera pública aumentasse.”
“Essas
regras mascaram os verdadeiros custos acarretados pelo pagamento de benefícios,
além de estimular o acúmulo de déficits, níveis demasiadamente baixos de
contribuição e a tomada excessiva de riscos, levando os gestores
previdenciários e o governo, que financia esses planos, a ter uma péssima
compreensão da real situação dos programas.”
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