Fundos de pensão e outros
investidores institucionais empregam duas vezes mais indivíduos do sexo
feminino do que as gestoras de ativos, confiando às mulheres cargos executivos
importantes.
As mulheres ocupam quase um quinto
(19%) dos cargos executivos nas áreas de investimento de fundos de pensão,
fundos soberanos e de dotação, revela pesquisa da empresa de serviços
financeiros State Street. Nas
gestoras de ativos, tal participação é de apenas 7%.
Mimmi Kheddache-Jendeby, analista
sênior do Centro de Pesquisa da State
Street, afirma que as gestoras de ativos tendem a “ter ideias equivocadas
sobre a conduta das mulheres, levando-as a contratar homens para os cargos executivos.”
“O estereótipo é de que o homem está
mais disposto a tomar riscos, além de possuir um forte instinto de competição e
ser mais resistente a situações de stress”, acrescenta a pesquisadora. As
mulheres, em contrapartida, são vistas como menos habilitadas e mais frágeis.
A State Street planeja utilizar os dados apurados - os quais foram levantados
a partir de consultas junto a 864 investidores de 19 países - para aprimorar
suas próprias políticas de recrutamento e recursos humanos. Quase metade (48%)
dos funcionários da empresa na Europa, África e Oriente Médio são mulheres,
embora esse percentual caia para menos de 20% em se tratando de cargos
executivos.
No começo do ano, a publicação FTfm divulgou
uma pesquisa que evidenciava a redução gradual do número de gestoras de
carteiras nos EUA nos últimos seis anos a despeito dos esforços para promover a
igualdade de gêneros.
Em função da baixa participação das
mulheres em cargos executivos, as gestoras de ativos apresentam desvantagens
sob o ponto de vista dos negócios, argumenta Kheddache-Jendeby, que já foi
gestora de carteira do fundo AP2 sueco. “A indústria de gestão de ativos tende
a fazer pouco caso da diversidade. Ainda há um longo caminho a se percorrer.”
Financial Times