Diz-se frequentemente que um dos principais
fatores que levaram o mercado de capitais do Chile é ser o mais avançado e
profundo da região foi a criação das AFP. Afinal de contas, a magnitude dos
fundos de pensão fez com que os instrumentos de investimento se massificassem e
ficassem mais sofisticados.
É por isso que há algum tempo o nosso país é
líder no que diz respeito à relação ativos dos fundos de pensão / Produto
Interno Bruto (PIB).
Em
2015 a situação não foi diferente. Nesse sentido, os números são claros: se em
dezembro de 2011 tal relação era de 58,5%, no mesmo mês de 2015 chegou a 70,7%,
um aumento de 12 pontos percentuais.
Em
31 de janeiro deste ano, o valor total dos ativos dos fundos atingiu US$ 150,3
bilhões, ou seja, US$ 5,9 bi a mais do que o registado no mesmo mês de 2015.
Em
comparação com outros países da América Latina, o Chile é, sem dúvida, aquele
com a maior relação ativos/PIB. No final de 2014, de acordo com o sindicato que
reúne as AFPs, o Chile atingiu o patamar de 69,5%/PIB, enquanto El Salvador, o
segundo país da lista, registrava 32,1%
Vale
salientar, no entanto, que os fundos de pensão dos diferentes países da região
encontram-se em níveis de desenvolvimento distintos, sendo o sistema chileno o
mais antigo.
Outro
fator importante é que a rentabilidade das AFPs chilenas tem sido elevada. Entre
2013 e 2014 teve início o processo de recuperação da dívida pública europeia
pós-crise. O retorno anual nominal sobre os investimentos nesse período,
segundo a Associação das AFPs, foi de 14,5%, permitindo o aumento da relação
ativos/PIB.
Diario Financiero