O Japan’s Government
Pension Investment Fund (GPIF), o maior fundo de pensão do mundo, aumentará
o salário de seu presidente em 64%, o qual deverá atingir a cifra de US$260,000
anuais (incluindo-se aí o salário, bônus e outras compensações), informou o
diretor da área de planejamento do fundo, Shinichiro Mori. O aumento passa a
valer a partir de março deste ano.
O
aumento dos salário deve ajudar o fundo de pensão a atrair gestores da
iniciativa privada após a decisão de transferir mais de US$1,1 trilhões da
renda fixa para ativos mais arriscados. Mesmo após o aumento, o maior executivo
do fundo continuará recebendo cerca de 40% a menos que o CEO do California
Public Employees’ Retirement System (CalPERS), o maior fundo público
americano.
“Em
comparação aos padrões globais e levando-se em conta a responsabilidade
inerente ao cargo, a quantia não é assim tão elevada”, afirmou Tetsuya Sakabe, diretor
gerente da firma de recrutamento Kanae
Associates Ltd, sediada em Tóquio. “O interessante é que eles decidiram
aumentar o salário para um patamar que não venha a gerar muitas críticas por
parte do público”, acrescenta.
A atual
presidente do GPIF, Takahiro Mitani, ex-executivo do Banco do Japão, já deu
indícios que deverá deixar o cargo ao final de seu mandato de cinco anos, que
se encerra em março.
A remuneração do CIO
O Chief Investment
Officer (CIO) do fundo, função recém-criada após a decisão de mudar a estratégia
de investimentos em busca de maiores retornos, deverá receber cerca de 30
milhões de ienes anualmente, disse Mori. O cargo foi ocupado, neste mês, por Hiromichi Mizuno, ex-sócio da firma
de private equity Coller Capital Ltd, com sede em Tóquio.
O
Ministério da Saúde deu mais flexibilidade ao GPIF para pagar maiores salários
aos seus principais executivos. O salário de presidente teve como parâmetro a
remuneração de outras empresas públicas japonesas, ao passo que o de CIO teve
como referência a iniciativa privada, respeitando-se, obviamente, o salário do
CEO, explica Mori.
O
superintendente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, teve seu salário aumentado
em 1,3% para 34,7 milhões de ienes.
Candidatos
Yasuhiro
Yonezawa, presidente do Comitê de Investimentos do GPIF, aproveitará um
seminário da iniciativa privada a ser realizado na capital japonesa, no mês que
vem, para recrutar gestores de recursos. Na ocasião, ele deve falar sobre as
expectativas em termos de qualificação para os futuros candidatos a cargos no
fundo de pensão.
O GPIF está
realocando seu ativos à medida em que o Primeiro Ministro Shinzo Abe tenta sair
do atual cenário de deflação. O fundo colocará metade de seus ativos em renda
variável e reduzirá a porcentagem de títulos públicos de 60% para 35% da
carteira.
Bloomberg