Os aposentados
e trabalhadores equatorianos continuam preocupados com a aprovação da lei de
Seguridade Social que elimina os 40% de aporte estatal às pensões. Os filiados
ao Instituto Ecuatoriano de Seguridad
Social (IESS) temem pelo futuro dos fundos de pensão.
Marcelo
Jijón, presidente da Confederación
Nacional de Jubilados, espera que o presidente Rafael Correa reveja a
decisão de eliminar os aportes estatais. Jijón argumenta que, caso a decisão
seja mantida, os trabalhadores farão uma greve de fome para exigir a revogação
de parte da Lei. A resistência à nova regra é compartilhada por Mesías
Tatamuez, secretário geral da Confederación
Ecuatoriana de Organizaciones Clasistas (Cedocut), segundo o qual a lei é
inconstitucional, sendo passível de questionamento no meio jurídico e nas ruas.
Carmen
Corral, ex- chefe da área de Seguridade Social da Superintendencia de Bancos, declarou que a lei fará com que o IESS consuma
todos os recursos do seu fundo de pensão, e que é um erro pensar que os aportes
das donas de casa, que contribuiriam por cerca de vinte anos, serão suficientes
para compensar a falta de liquidez.
Contudo,
Gabriel Riera, da Asociación de Jubilados
Batalla de Tarqui, considera que as atuais e futuras aposentadorias não
serão afetadas pela redução dos 40%. Ele afirma que a associação continuará
defendendo que os benefícios sejam calculados conforme as condições em vigor
atualmente, ou seja, com base nos cinco últimos salários do trabalhador.
Cre.com